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HOTEL NACIONAL - Oscar NIEMEYER- 1968

  • Caio
  • 26 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Projeto

"Ao iniciar o estudo deste projeto, minha preocupação foi preservar o local, a natureza magnífica, a silhueta das montanhas, etc. Daí evitar uma solução mais extensa que cortaria a visibilidade como um muro, preferindo uma construção em altura e a paisagem preservada em suas características naturais e na sua beleza (2). Assim, a solução se encaminhou para uma torre cuja altura o programa estabelece com cêrca de 45 pavimentos.

Será uma torre de vidro, tôda avarandada. Uma expressão da técnica contemporânea.

Nessa torre se distribui o hotel propriamente dito; no térreo, o hall, controles e portarias; no 1º piso o escritório, do 3º ao 43º os apartamentos e 'suítes'; no 44º, o Instituto de Beleza; no 45º, a 'boite' e no último, o terraço e o heliporto.

A ideia inicial foi localizar o comércio apenas no terreno dos fundos, separado do resto pela rua projetada. Agora, reexaminando o problema, sinto nessa solução o comércio por demais isolado, principalmente da praia que deverá atender.

O presente estudo localiza o comércio, ou melhor, o Supermercado, num piso semi-enterrado - diretamente ligado às ruas e à praia. Aí ficam o bar, o retaurante, o boliche, o cinema, as lojas, etc.

É a primeira vez, neste país, um centro dessa natureza é projetado junto à praia, onde justamente, faltam êsses tipos de utilidades e recriações. Com a adoção dêsse partido, incluí no subsolo a garagem para 1.00 carros, prevista anteriormente em altura, o que nos obrigaria a uma estrutura onerosa de 8 andares. Tudo isso nos levou igualmente a ampliar as salas, o restaurante, o bar, os locais de estar, inclusive o setor de Congressos, agora no nível das salas, em situação mais destacada e importante.

Os serviços, cozinha, lavanderia, depósitos, almoxarifado, etc, estão diretamente ligados ao hall de serviço, isto é, aos acessos verticais, sendo que a primeira, anexa ao restaurante e ao bar do pavimento.

Uma ponte liga o hotel à praia." *1

*1 NIEMEYER, Oscar. HNR. 28.2.68. Fundação Oscar Niemeyer. Coleção Oscar Niemeyer.

História

Construído entre 1968 e 1972, de autoria de Oscar Niemeyer, o hotel foi muito badalado na década de 70 . Uma localização privilegiada entre montanhas e mar e um projeto de partido de planta circular, onde toda janela tem sua visão de quase 180 graus para a paisagem, foram o grande chamativo do projeto. O arquiteto criou um prédio todo de vidro. Afinal, não se poderia perder um milímetro da paisagem natural em volta da imensa torre de 34 andares e 500 quartos.

Autoridades do cenário mundial da época, líderes de estado celebridades, grandes artistas internacionais, e gente rica, muito rica, frequentavam suas dependências.

Fechado a mais de quinze anos, o hotel se arrastou pós recessão Colllor causado pela falência da cadeia de hotéis Horsa, do qual fazia parte. Sua dívida com o estado do Rio foi pra mais de 25 milhões. Nos seus últimos dias seu sistema de ar condicionado não funcionava direito (podia-se morrer de frio ou de calor dentro de um quarto a todo momento); canais de tv? nem pensar só os da tv aberta e mal; cortinas toalhas e estofados rasgados e puídos eram comum. Pura decadência.

Hoje ele foi vendido para uma empresa brasileira que pretende reformá-lo para já para a copa mundial de futebol do Brasil, mas obras por lá ainda não são vistas. Uma pena para o Rio, pro Niemeyer, pro patrimônio nacional, pro turismo...

O Abandono

a transformação

Gran Meliá Nacional Rio de Janeiro - Documentário de realidade virtual

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